Muitos homens que fizeram cirurgia para emagrecimento apresentam alterações na região peitoral e partes lateral e posterior do tórax, dependendo de quantos quilos emagreceram. É comum o aspecto de flacidez, muitas vezes chegam a ter aparência de “mamas caídas”. Além de dobras laterais no tórax. Este problema causa muito constrangimento para esses pacientes. Existe uma técnica especial de cirurgia para esses casos, que ainda não é muito divulgada.

Existem nomes diferentes para esta cirurgia. Em inglês “Upper Body Lift”, “Lifting” ou suspensão da região superior do tronco. Este procedimento cirúrgico corrige a flacidez e excesso de pele do tórax, pode-se associar a ressecção de ginecomastia. Mas o mais importante, é que as cicatrizes ficam escondidas no contorno inferior do musculo peitoral, sem aquelas cicatrizes verticais habitualmente presente nas cirurgias mamárias femininas.

Esta técnica quando realizada por um cirurgião plástico com treinamento em tratamento de pacientes pós-bariátricos é excelente.

A cirurgia é realizada de acordo com as regiões envolvidas, e que incomodam os pacientes.

Desde o procedimento mais habitual, com tratamento da região peitoral e lateral do tórax, à cirurgia mais completa que melhora a flacidez da região peitoral anterior, tórax lateral e a região posterior (costas).  

É realizada primeiramente a dorsoplastia, (ressecção do excesso de pele na região das costas, corrigindo as dobras dorsais), e na mesma cirurgia o tratamento da região anterior do peitoral.

A realização da cirurgia do contorno do tórax masculino da região peitoral até posterior, oferece um ótimo resultado estético. Claro que depende da necessidade de cada paciente.

A cirurgia do peitoral e tórax posterior masculino corrige o contorno de toda a região superior do tronco, no mesmo momento cirúrgico trazendo um resultado muito mais harmônico e estético, pela melhora de todo o contorno. Proporcionando ao paciente voltar a ficar sem camisa em praias e piscinas com muito mais satisfação e autoestima.

De modo geral, as cirurgias de contorno corporal após a cirurgia bariátrica, são realizadas após a estabilização do peso. Normalmente após 1 ano a 1 ano e meio, mas é muito importante que o cirurgião geral que realizou a cirurgia bariátrica avalie e recomende a paciente para as cirurgias plásticas.

Depois que o médico conversar e examinar região peitoral e dorsal, ele vai indicar a técnica mais adequada. É importante um preparo cuidadoso para a cirurgia. Vale lembrar que, a cirurgia bariátrica altera a absorção de nutrientes. Então deve se fazer exames laboratoriais completos, incluindo avaliação do estado nutricional e descartar presença de anemia e carência de alguma vitamina. Muitas vezes no pré-operatório já se faz a reposição de vitamina D, vitamina B, ferro, entre outros. Além, é claro, da rotina de consulta com cardiologista, eletrocardiograma e consulta pré-anestésica.

Ainda, é preciso que o paciente se organize para manter o repouso necessário, além de interromper alguns medicamentos, antes do procedimento. É muito importante também o preparo psicológico para o pós-operatório e as expectativas de resultado.

Normalmente a primeira escolha é a anestesia geral, e é na consulta pré-anestésica, que o médico anestesiologista irá decidir em conjunto com o paciente.

O cirurgião inicia o procedimento com o paciente de bruços, faz as incisões e retirada do excesso de pele e gordura do subcutâneo do dorso, com o “lifting” do dorso, e correção da dobra posterior. Após realizada as suturas, já é feito o curativo. Depois, o paciente é reposicionado para posição de costas, e inicia-se com a realização da incisão da região peitoral e descolamento do tecido. Para a região do mamilo é feito um retalho local. Então é retirado o excesso de pele e subcutâneo já unindo na região lateral com a incisão posterior (dorsoplastia). O fechamento é feito com sutura interna e sutura intradérmica para melhor resultado estético. Nesta técnica, ressaltamos que esta cicatriz fica posicionada no contorno do músculo peitoral, o que disfarça e produz um resultado muito harmonioso.

O tempo médio de duração da cirurgia é de 4 horas, podendo ser alterado de acordo com a complexidade de cada caso. O paciente permanece hospitalizada por um período de 24 horas.

Nem sempre, tudo depende do grau de alterações e áreas do tórax. Pode ser necessário apenas o tratamento do tórax anterior. E nos casos mais graves sim a cirurgia circunferencial. Em casos especiais pode-se associar inclusive a braquioplastia.

A cicatriz é horizontal, em toda a circunferência do tórax, e ao redor das aréolas. Na região peitoral essa cicatriz fica disfarçada pela depressão da borda inferior do musculo peitoral. Nos primeiros 4 meses, as cicatrizes ficam mais evidentes e avermelhadas. Com o tempo, vão clareando e ficando mais discretas. Isso pode levar um ano. É importante realizar microporagem das cicatrizes e massagens com cremes e pomadas prescritas pelo médico, para o tratamento estético da cicatriz.

É importante que a região onde houve incisões cirúrgicas não seja submetida à força excessiva, à escoriação, ou a movimentos intensos durante o tempo de cicatrização. Além de não tomar sol.

Após a cirurgia, é comum sentir desconforto e um pouco de dor, que são controlados com medicamentos analgésicos de rotina. O tempo de recuperação dura em torno de um mês. Os pontos devem ser removidos cerca de 8 a 20 dias após a cirurgia e, durante esse tempo, deve-se repousar evitando mexer os braços e o tronco de forma excessiva. Você não deve ir à academia ou dirigir durante esse período. É muito importante fazer caminhadas curtas.  O paciente pode retornar às suas atividades de trabalho ou estudo e a dirigir com cuidado após 20 dias. Já a atividade sexual é permitida após 30 dias da cirurgia, com certos cuidados.

Durante o primeiro mês, o paciente deve deitar-se apenas de barriga para cima. Pode deitar-se de lado após este período, utilizando travesseiros para apoiar os braços. Nos primeiros 3 meses após a cirurgia, é também aconselhado evitar exercícios físicos mais pesados, especialmente aqueles que envolvem movimentos com os braços, como levantamento de pesos ou musculação.

Nesta cirurgia é importante usar um modelador em formato de uma espécie de camiseta por 3 meses. Ele dá compressão em todo o tórax. Ajuda a segurança do paciente e diminui o edema.  Nos primeiros 45 dias é recomendado o uso 24 horas por dia, após esse período, é permitido retirar o modelador em momentos especiais.